As muralhas de Serpa têm origem remota, conservando-se ainda alguns ténues vestígios da fortificação islâmica sob a Torre da Horta e no interior do casario da Rua da Barbacã. Seria contudo a Reconquista Cristã, no século XIII, que forjaria um castelo em pedra, que pouco depois receberia o cunho de El Rei D. Dinis, que ainda hoje se mantem. Com D. Manuel I chega-nos a primeira representação iconográfica de Serpa, pelo cálamo de Duarte d`Armas, no Livro das Fortalezas, onde se observa uma muralha em ruínas, que o venturoso rei haveria de mandar reparar e acrescentar nova cintura muralhada.

Hoje ainda sobrevive grande parte desta muralha medieval, com as marcas do tempo e das vicissitudes por que passou Serpa. Ficaria amputada da Torre de Menagem, de outras torres e das Portas de Sevilha, destruídas em 1708 pelo Duque de Osuna durante a Guerra da Sucessão. Mais de um século antes viram acrescentar-se-lhe o imponente Palácio dos Melos, assente sobre um troço da muralha, tal como o aqueduto que o serve. A ruína, a que pareciam condenadas as muralhas, foi travada por diversas obras de recuperação ao longo do século XX e XXI, num esforço contínuo para manter a sua memória e identidade.

O Ministério da Educação Nacional, através da Direção Geral do Ensino Superior e das Belas Artes, promulgou no Decreto Lei 39521, do Diário do Governo, 1.ª série, n.º 21, a 30 de janeiro de 1954, a classificação das muralhas de Serpa como Monumento Nacional.

Fonte: Câmara Municipal de Serpa

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