Como era previsível, os meses de Dezembro e Janeiro apresentaram um agravamento constante da pandemia Covid-19 no concelho de Évora, no Alentejo Central (distrito de Évora) e em Portugal. Há muito que a Câmara Municipal de Évora (CME) identificou e alertou (incluindo a nível regional e nacional) para as principais dificuldades e estrangulamentos de um eficaz combate à pandemia, em particular, a falta de profissionais de saúde (na saúde pública, no ACES-Agrupamento de Centros de Saúde, no HESE-Hospital do Espírito Santo de Évora), a falta de cuidadores e outros profissionais para resposta às estruturas residenciais para idosos e outros, a possibilidade de ruptura no HESE, o apoio e a capacidade operacional das Associações de Bombeiros Voluntários.
1. Precavendo o agravamento da pandemia, a CME – com base no Plano de Emergência atempadamente definido – tomou um conjunto de medidas preventivas e operacionais.
Destaca-se, a passagem da Zona de Acolhimento Municipal a funcionar em residência cedida pela Universidade de Évora e fruto de uma parceria entre a CME, a Proteção Civil, a Saúde (ACES) e a Segurança Social, a EAR – Estrutura de Acolhimento Residencial, de modo a dar resposta a todo o Alentejo Central, incluindo o Hospital. A EAR tem capacidade para, pelo menos, 40 utentes. Este processo foi concluído, em termos operacionais, em Novembro passado.
Destaca-se a criação da Estrutura Municipal de Apoio ao Hospital (EMA/HESE) para doentes Covid-19. O Município de Évora assegurou toda a adaptação do edifício bem como a logística; o HESE supervisionou, validou e cedeu equipamentos de saúde; o projecto Aconchegar ofereceu 20 camas hospitalares completas. A criação da EMA/HESE revelou-se decisiva para evitar a rutura do HESE e foi activada a 7/1/2021. A EMA/HESE funciona com equipas de saúde do HESE e equipas de apoio da CME, numa parceria exemplar. Completa-se hoje 1 mês de funcionamento da EMA/HESE e há a relevar a importância da EMA/HESE no apoio ao Hospital e na prestação pública de cuidados de saúde Covid-19 à população do Alentejo Central, sendo que, até 6/2/2021, 81 doentes de todo o distrito já passaram pela EMA/HESE.
2. No concelho de Évora, a pandemia cresceu em Dezembro e Janeiro, tendo atingido o valor máximo (pico) a 27/1/2021, com 750 novos casos nos 14 dias anteriores, correspondendo a 1.430,5 casos por 100.000 habitantes. A maioria dos contágios verificou-se em seio familiar e em surtos em lares, estes últimos constituindo as maiores preocupações pelo risco envolvido para os utentes e funcionários. Desde 27/1/21, os novos casos têm vindo a descer e o número de pessoas recuperadas tem aumentado significativamente.
A 4/2/21, o número de novos casos nos últimos 14 dias baixou para 473, correspondendo a 902,2 casos por 100.000 habitantes e Évora desceu de “risco extremamente elevado” para “risco muito elevado”. Esta evolução é muito positiva.
3. Os dados de 6/2/21, mantêm a tendência positiva: recuperaram 171 pessoas, sendo o total de recuperados de 2433; os casos activos são agora 536, dos quais 13 novos; o total de casos desde o início da pandemia é de 3026; não houve óbitos, mantendo-se o total de 57. Registam-se 6 surtos dos quais 2 em resolução (28 dias sem novos casos) e os restantes 4 em lares estão controlados. A EMA/HESE tinha 7 doentes e iniciou-se a instalação de uma rede de fornecimento de oxigénio, a cargo do Hospital.
4. A melhoria da situação pandémica não nos deve descansar porque se mantêm condições de propagação da doença e os riscos abrangem todos. É, pois, essencial que se continuem a cumprir as orientações da Direção Geral de Saúde, nomeadamente, quanto à distância física e ajuntamentos, quanto ao uso de máscara, quanto aos cuidados sanitários e higienização.
O Município de Évora continuará a aplicar o Programa de Emergência de combate à pandemia Covid- 19, a implementar todas as medidas que se revelem necessárias e a assegurar, com as condições de seguranças exigidas, todas as actividades municipais essenciais.
Fonte: Câmara Municipal de Évora / Nota de Imprensa