O Alentejo esteve presente na Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, no âmbito do side event – One Sustainable Ocean, no dia 1 de julho em Lisboa.
Numa participação conjunta entre a CCDR Alentejo, representada pela Vice Presidente, Carmen G Carvalheira e a ADRAL – Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo representada pelo seu Presidente, João Grilo, e que contou com o envolvimento enquanto convidados, do Sines Tecnopolo, do Município de Odemira, do Município Santiago do Cacém, do Município de Sines, da Universidade de Évora |MARE , do Turismo do Alentejo e ARPTA, do Porto de Sines, e da Comunidade Portuária, entidades com intervenção relacionada com o mar, a terem um espaço de apresentação do trabalho que a região faz no âmbito da Economia Azul.
A Conferência dos Oceanos teve como foco o futuro dos Oceanos, a sustentabilidade, a economia circular e a inovação, totalmente alinhados com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 14: Proteger a Vida Marinha – Conservar e usar de forma sustentável os oceanos, os mares e os recursos para o desenvolvimento sustentável.
O Alentejo tem 170 km de costa. A região possui o maior porto de águas profundas do país e existem parques e reservas naturais, sendo uma das regiões costeiras mais preservadas da Europa.
Através da voz dos principais atores da região, foi apresentado o que está a ser feito e planeado para desenvolver a economia azul no Alentejo.
“DECLARAÇÃO DE LISBOA” – Resultado da Conferência dos Oceanos da ONU
Conferência em Lisboa terminou com a promessa de “mudança transformadora” para os oceanos, com a divulgação da declaração final acordada por mais de 150 países-membros da ONU.
Chefes de Estado e de governo afirmaram estar “profundamente alarmados com a emergência global enfrentada pelos oceanos”, incluindo “aumento do nível do mar, da erosão costeira, do aquecimento e da acidificação dos oceanos”.
No âmbito da Declaração de Lisboa foram assumidos os seguintes compromissos:
- Restaurar e manter os estoques de peixes a níveis que produzam o rendimento máximo sustentável no menor tempo possível, diminuindo perdas nas capturas e devoluções desnecessárias de peixes, além de combater a pesca ilegal e irregular;
- Monitorizar ações para pesca e aquicultura sustentáveis em prol de uma alimentação nutritiva e de sistemas alimentares resilientes;
- Prevenir, reduzir e controlar todos os tipos de poluição marinha, de fontes terrestres e do mar, incluindo resíduos sem tratamento, descartes de resíduos sólidos, substâncias químicas e emissões do setor marítimo, incluindo poluição por navios e ruídos subaquáticos;
- Prevenir, reduzir e eliminar o lixo plástico marinho, incluindo plásticos de uso único e microplásticos, por meio da reciclagem, da garantia do consumo e de padrões de produção sustentáveis, e por meio do desenvolvimento de alternativas para consumidores e indústrias, além de conseguir a negociação de um tratado legal internacional sobre poluição plástica;
- Desenvolver e implementar medidas de adaptação à mudança climática para reverter as perdas, reduzir riscos de desastre e aumentar a resiliência, por meio do aumento do uso de energias renováveis, especialmente com tecnologias baseadas nos oceanos.
Fonte: Nota de Imprensa / Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo (ADRAL)