A Universidade de Évora (UÉ) atribuiu no passado dia 15 de fevereiro, os Prémios IMPACTO às ideias vencedoras dos concursos organizados durante o ano 2022, numa sessão que contou com a presença de Paulo Quaresma Vice-Reitor para a Investigação, Inovação e Internacionalização, da UÉ.
O projeto NANOWoundCARE, distinguido no StartUp PhD – Concurso de Ideias de Negócio da UÉ recebeu agora o prémio IMPACTO. Este projeto “pretende ser uma resposta terapêutica eficaz e sustentável no tratamento de feridas simples e complexas em Humanos, através da utilização de compostos farmacologicamente ativos de origem biológica, ecologicamente sustentáveis e disponíveis na região do Alentejo”. O NANOWoundCARE tem uma base de desenvolvimento nanotecnológico “que consiste no nano-encapsulamento de ativos naturais (em sistemas drug-delivery), com uma ação, simultaneamente, antisséptica que serão posteriormente incorporados numa base de hidrogel (dermo-compatível). No fundo, prevê-se “a criação de um dispositivo médico de aplicação cutânea economicamente inclusivo e sustentável que promova a rápida e adequada cicatrização de feridas em Humanos” realça a equipa do projeto composta por Carlos Gastalho e Célia M. Antunes, ambos a desenvolver atividade no Departamento de Ciências Médicas e da Saúde da Escola de Saúde e Desenvolvimento Humano da UÉ.
O projeto FIORE, distinguido no UI.CAN – Concurso de Ideias, foi outro dos projetos agora distinguido, tendo este como objetivo “criar um sistema inteligente que promova a economia circular, de forma a potenciar sinergias entre duas grandes indústrias: a indústria têxtil, que é a segunda mais poluidora do mundo, e que é a indústria que nos vai fornecer a nossa matéria prima principal, o excedente de algodão, e a indústria dos produtos de higiene feminina que se vai encarregar do fabrico dos produtos”. Na prática, o projeto Fiore “funciona da seguinte forma: a indústria têxtil tem excedentes de algodão, excedentes esses que nos serão facultados em troca de um selo de responsabilidade social do nosso projeto. Esse algodão será depois vendido às empresas que fabricam os produtos de higiene feminina a um preço mais competitivo, já que estamos a falar de uma matéria-prima reutilizada. Para além de conseguirmos obter receitas pela venda do algodão, a contratualização com a indústria de materiais de higiene contempla a produção a título gratuito de produtos, que serão distribuídos e doados às pessoas necessitadas. Os produtos serão disponibilizados através de transportadoras convencionais, que se tornarão nossas parceiras em troca do nosso selo de responsabilidade social”, realça a equipa deste projeto composta por André Mestre, Beatriz Sobral, Elisiane Tavares, e Rúben Camões, estudantes da licenciatura em Relações Internacionais na UÉ.
No que respeita ao projeto SuWalk – Fall into Healthy Aging, distinguido no EIT Health – Innovation Day’s 2022 e agora merecedor do prémio IMPACTO, trata-se de “uma plataforma inteligente multifuncional composta por sensores de avaliação momentânea dos parâmetros fisiológicos e padrão de marcha do idoso, composta também por um cinto protetor vestível para proporcionar segurança, estabilidade, confiança e, se necessário, retirar peso ao idoso, sendo ainda combinada com desafios de realidade virtual. Com SuWalk desafiamos desta forma o trabalho de dupla tarefa dos idosos, isto é, ao mesmo tempo que o idoso está a fazer exercício, está a responder aos challenges da realidade virtual.
O objetivo do projeto SuWalk é “sobretudo reduzir as quedas nos idosos e minimizar os impactos do tempo no processo de envelhecimento, oferecendo qualidade de vida e ajudando a melhorar a saúde cardiovascular, o equilíbrio, o fortalecimento dos músculos e ossos, a função cognitiva, o sistema imunitário, prevenindo doenças como a osteoporose, depressão, diabetes, entre outras”, dá a conhecer a equipa do projeto composta por Catarina Gonçalves, estudante de doutoramento em Motricidade Humana da UÉ; Raquel Canas, estudante da licenciatura em Bioquímica da UÉ e por Miguel Santos, estudante da licenciatura em Biologia Humana da UÉ.
Por último, o projeto Green Roads, entretanto distinguido no concurso EIT Urban Mobility – Desafio para a Mobilidade Urbana – FUSE (Futuristic Urban Space Exploration) “consiste numa abordagem arquitetónica que propõe a criação deestradas verdes com vias para pedestres e ciclovias que conectam o bairro do Bacelo ao centrohistórico, com o objetivo de impulsionar uma estrada que não é usada por pedestres, enquadrando-ae direcionando-a em direção ao centro histórico de uma forma sustentável e inteligente” realçam os promotores. Para o financiamento, “propomos a criação de uma app que vai possibilitar acomunicação entre os setores privados e públicos mostrando os vários projetos organizando-os por tipo, onde pessoas e companhias podem doar ou investir em um projeto.A validação será feita em parceria com a junta de freguesia do Bacelo eSenhora da Saúde. Propomos a organização de uma caminhada solidária, onde serão percorridas as estradas que ligam o bairro ao centro da cidade para ganhar dinheiro para a caridade e no fim serão realizadas questões relacionadas com as dificuldades e experiências que tiveram ao percorrer o percurso” sublinha a equipa do projeto composta por Jesus Olival, Rita Amaro e Vanessa Costa, estudantes do curso de arquitetura na UÉ
No próximo passo, “vamos comunicar a junta de freguesia propondo a construção de uma pequena parte da estrada. Para conseguir um exemplo daquilo que é possível fazer realizar-se-á um modelo 3d, para perceber as necessidades para o mesmo, tais como material e espaço necessário” sublinham os responsáveis pelo Green Roads.
Refira-se que os Prémios IMPACTO são uma organização da Divisão de Inovação Cooperação Empreendedorismo e Empregabilidade (DIC2E) da UÉ, que tem por missão ser o ponto de ligação da Universidade de Évora à Sociedade, nomeadamente através da valorização e transferência do conhecimento produzido.
Fonte: Nota de Imprensa / Universidade de Évora