O Boca Aberta, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II e da Fundação ”la Caixa”, em colaboração com o BPI, está pensado para criar relações e novas experiências criativas para crianças a partir dos três anos. Criado em 2015, o projeto continua a crescer e, a partir deste ano, promove a criação de redes em quatro municípios de diferentes regiões do país (Beja, Lagos, Ourém e Ponte de Lima), incluindo os seus equipamentos culturais e estruturas artísticas regionais.
Durante um período de trabalho que se estende por três anos, o Boca Aberta acompanha crianças de todo o país ao longo do seu percurso de ensino pré-escolar e amplia ainda o seu âmbito, integrando na programação, para além de espetáculos, eventos de pensamento (Conversas de Boca Aberta) e formações, destinados a profissionais da educação e da cultura.
Entre outubro e dezembro, o Boca Aberta irá viajar pelos quatro municípios parceiros do projeto, com o espetáculo Onde é a guerra?, os eventos de pensamento Conversas de Boca Aberta, dirigidos a agentes da cultura e educação, e uma formação de Criação para a infância, direcionada para profissionais das artes performativas.
Onde é a guerra?, espetáculo com encenação Catarina Requeijo e conceção e seleção de textos de Inês Fonseca Santos e Maria João Cruz, vai apresentar-se em Ponte de Lima, a 12 de outubro, Beja, a 26 de outubro, Ourém a 9 de novembro, e Lagos, a 16 de novembro. Para além destas sessões para famílias, o espetáculo terá ainda diversas sessões em jardins de infância dos quatro concelhos.
Pensado para maiores de 3 anos, Onde é a guerra? coloca dois inimigos em palco, interpretados pelos atores Luís Godinho e João Reixa, para refletir sobre o desconhecido, a dúvida, o medo ou a mudança. O muro está construído, as armas estão preparadas e há um soldado de cada lado. São inimigos. Com dois inimigos, a guerra pode começar. Por causa do inimigo, passa-se fome e não se consegue dormir. O inimigo tem de ser destruído. É horrível, cheira mal da boca e não toma banho. Pelo menos, é assim que cada soldado imagina o outro. E se conseguissem ver-se? O que aconteceria à guerra?
Para além do espetáculo, os municípios de Beja, Lagos, Ourém e Ponte de Lima serão ainda palco, até dezembro deste ano, das Conversas de Boca Aberta, uma série de encontros que visam pensar e potenciar as relações entre instituições culturais e educativas, através da partilha de experiências, práticas e conhecimentos. Destinados a agentes da cultura e educação, como técnicos de equipamentos culturais, profissionais de educação e mediação cultural, encarregados de educação, programadores e artistas, estes eventos de pensamento pretendem fomentar a partilha e a reflexão sobre vários temas associados à programação e criação para a infância.
Adicionalmente, Lagos, Ourém e Ponte de Lima recebem também uma formação gratuita sobre Criação para a Infância, com conceção e coordenação de Catarina Requeijo e participação de outras seis formadoras. Dividida em 5 módulos, com uma componente teórica e exercícios práticos, esta formação dirige-se a profissionais das artes performativas nas áreas da interpretação e criação artística, e abrange temáticas como movimento, voz, técnicas de interpretação, da escrita ou da construção cénica.
O Boca Aberta é uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II e da Fundação ”la Caixa”, em colaboração com o BPI, e em parceria com o Plano Nacional das Artes e os Municípios de Beja, Lagos, Ourém e Ponte de Lima. Com uma história de quase 10 anos, o projeto continua a crescer, promovendo a criação de redes em quatro municípios de diferentes regiões do país, num período de trabalho que se estende por três anos. Através de histórias que são apresentadas nas salas e espaços escolares que as crianças conhecem, o Boca Aberta desafia e inspira crianças e adultos, através de linguagens verbais e não verbais, visuais e auditivas, despertando a sua curiosidade e imaginação.
Fonte: Nota de Imprensa / Teatro Nacional D. Maria II
Foto: Filipe Ferreira