A Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que este ano acontece em Portugal, está quase a começar. Entre 1 e 6 de agosto, o nosso país acolhe este evento religioso e cultural, para o qual se espera mais de um milhão de participantes.

Por se tratar de um evento de massas, a área da saúde pública tem “uma palavra a dizer”, inclusive nesta fase de preparação. O distrito de Évora também vai estar ligado à iniciativa, tendo por isso a Unidade de Saúde Pública (USP) do Alentejo Central escolhido este tema para o programa que acontece mensalmente em parceria com a Rádio Telefonia do Alentejo.

Esta sessão, contou com a participação das técnicas de Saúde Ambiental Maria Natalina Nunes e Tânia Capitão, que além de explicarem mais pormenores sobre o evento, partilharam também algumas recomendações.

De acordo com Maria Natalina Nunes, “a JMJ é um evento religioso instituído pelo Papa João Paulo II em 20 de dezembro de 1985, que reúne milhões de católicos de todo o mundo, sobretudo jovens”, referindo que “com duração de cerca de uma semana, promove eventos da Igreja Católica para os jovens e com os jovens”.

Acrescentou ainda que “é, simultaneamente, uma peregrinação, uma festa da juventude, uma expressão da igreja universal e um momento forte de evangelização do mundo juvenil, sendo aberta a todos, quer estejam mais próximos ou mais distantes da igreja”.

A mesma técnica sublinhou que “acontece a cada dois, três ou quatro anos como um encontro internacional, numa cidade escolhida pelo Papa, sempre com a sua presença”.

Relativamente à JMJ Lisboa 2023, esclareceu que “é um acontecimento religioso e cultural que reúne jovens de todo o mundo, durante uma semana, sendo os participantes acolhidos, na sua maioria, em instalações públicas (como escolas ou pavilhões) e paroquiais ou em casas de famílias”.

Entre os objetivos da JMJ, Maria Natalina Nunes destacou que visa também “promover a paz, a união e a fraternidade entre os povos e as nações de todo o mundo”.

Em relação ao número de pessoas que são esperadas na JMJ Lisboa 2023, adiantou que “as estimativas apontam para entre o milhão e o milhão e meio de participantes, que têm origem em 151 países, sendo a maioria de Espanha”.

Apesar do evento concentrar-se entre 1 e 6 de agosto, há atividades programadas para os dias anteriores. Segundo a técnica ambiental, “de 20 a 31 de julho, decorre o processo de acolhimento dos jovens nas dioceses”, realçando que, “neste período, os peregrinos são recebidos pelas famílias de acolhimento inscritas e pelas paróquias dos concelhos que vão receber jovens”.

Evidenciou que, “no caso do distrito de Évora, os concelhos que vão acolher jovens são Borba, Estremoz, Évora, Montemor-o-Novo, Mora, Reguengos de Monsaraz, Vendas Novas e Vila Viçosa, além de noutros locais também decorrerem atividades”.

A este respeito, Tânia Capitão deu a conhecer as competências da USP no âmbito da “Preparação e Resposta em Eventos de Massas”, exemplificando com “a proteção e promoção da saúde; prevenção da doença; vigilância e monitorização de fenómenos e acontecimentos que possam interferir na saúde da população; vigilância e investigação epidemiológica de casos de doenças transmissíveis e aplicação das respetivas medidas de prevenção e controlo; entre outros”.

Mais concretamente, e no âmbito deste evento, a técnica revelou que “a USP do Alentejo Central já visitou todos os locais de alojamento nos concelhos que vão acolher jovens, com vista à avaliação das condições estruturais e de funcionamento dos alojamentos temporários”.

A par disso, deixou as habituais recomendações para estas situações. Muitas foram acerca dos “cuidados a ter com o sol e a respetiva proteção; o consumo de mais água e sumos naturais, utilizando apenas água da rede pública ou engarrafada; o uso de vestuário largo, leve e fresco; evitar viajar nas horas de mais calor; ou manter os espaços limpos”.

Texto: Redação DS / Marina Pardal
Foto: DS

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