O Teatro Nacional D. Maria II anunciou a sua programação para o ano de 2025, num evento que teve lugar no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e que contou com a presença de Rui Catarino, Presidente do Conselho de Administração do Teatro Nacional D. Maria II; Pedro Penim, Diretor Artístico do D. Maria II; Marta Silva, Diretora Artística da Largo Residências; Joaquim René, Diretor do Teatro Variedades; e muitas das dezenas de instituições culturais, câmaras municipais, espaços congéneres, parceiros e artistas que compõem esta programação.
Durante o ano de 2025, ainda com o edifício do Rossio encerrado para obras de requalificação, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, o Teatro Nacional D. Maria II mantém a sua atividade cultural em todo o país e também em Lisboa, com uma atividade intensa e diversa, entre espetáculos, projetos de participação, eventos de pensamento, oficinas, ações de formação e atividades para escolas. Em Lisboa, o D. Maria II apresentará uma programação regular, em parceria com dois espaços culturais da cidade: a Sala Estúdio Valentim de Barros, localizada nos Jardins do Bombarda (no recinto do antigo Hospital Miguel Bombarda); e o recém-inaugurado Teatro Variedades, no Parque Mayer.

A estes dois espaços culturais, juntam-se mais dois locais emblemáticos da cidade de Lisboa, que irão acolher dois projetos da programação de 2025: o Coliseu dos Recreios, onde será apresentado o espetáculo Quis saber quem sou, de Pedro Penim, de 24 a 26 de abril, encerrando assim um ano de digressão pelo país e assinalando os 51 anos da Revolução dos Cravos; e o Mosteiro dos Jerónimos, onde, a 3 de maio, António Fonseca apresenta a falação integral de Os Lusíadas, numa sessão única de Os Lusíadas como nunca os ouviu, a propósito dos 500 anos do nascimento de Luís de Camões.
O Teatro Nacional D. Maria II dará início à sua programação de 2025 no Teatro Variedades, a 12 de fevereiro, com a estreia em Lisboa de A Farsa de Inês Pereira, espetáculo de Pedro Penim a partir de Gil Vicente, estreado no final de 2023 e que, desde então, passou por sete localidades do país. No dia 27 de fevereiro, a anteceder o espetáculo, terá lugar a cerimónia de entrega da 6.ª edição do Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II.
O Teatro Variedades será ainda palco de outros cinco espetáculos, entre fevereiro e outubro: Reparations Baby!, nova criação de Marco Mendonça, numa produção do D. Maria II que, para além de Lisboa, será também apesentada em Barcelos e Ílhavo; As mulheres que celebram as Tesmofórias, criação de Odete a partir de Aristófanes, uma coprodução do D. Maria II, que se estreia no âmbito do projeto STAGES (Sustainable Theatre Alliance for a Green Environmental Shift); O Nariz de Cleópatra, pois claro!, direção de Cristina Carvalhal a partir de texto de Augusto Abelaira, uma coprodução do D. Maria II e da estrutura Causas Comuns; Homens Hediondos, encenação de Patrícia Portela a partir de David Foster Wallace, numa produção do Teatro Nacional São João, que se apresenta pela primeira vez em Lisboa; e um espetáculo a anunciar, do FIMFA Lx25 – Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas, com quem o D. Maria II mantém uma colaboração de longa data.

Nos Jardins do Bombarda, o D. Maria II ocupará a Sala Estúdio Valentim de Barros a partir de março, para apresentar mais de uma dezena de espetáculos: Auto das Anfitriãs, estreia da nova criação de Inês Vaz e Pedro Baptista, a partir de Luís de Camões e integrado nas comemorações dos 500 anos do nascimento do escritor; Itinerário: Geologia de um Regresso a Casa (título provisório), nova criação de Rogério Nuno Costa, e Rito de Transição, com texto e direção de Ritó Natálio, ambos em estreia absoluta, no âmbito do projeto STAGES; a estreia do novo espetáculo do Teatro Praga, Audição, no ano em que a companhia celebra 30 anos de existência; King Size, espetáculo com direção de Sónia Baptista; Corre, bebé!, criação de Ary Zara e Gaya de Medeiros, vencedores da 7.ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço; As Secretárias, encenação de Maria Inês Marques do texto de The Five Lesbian Brothers; As Castro, criação de Raquel Castro estreada em 2023 e, desde então, em digressão nacional, apresentando-se agora pela primeira vez em Lisboa; Luta Armada, espetáculo da companhia Hotel Europa, estreado em março de 2024 e que, depois de uma digressão pelo país, regressa a Lisboa; um espetáculo criado no âmbito do projeto internacional de formação teatral avançada École des Maîtres; e ainda diversos espetáculos a anunciar, integrados na programação da BoCA – Bienal de Artes Contemporâneas, que decorrerá em setembro, e do Alkantara Festival, que terá lugar em novembro.
Para além de um regresso à cidade de Lisboa com uma programação anual, o D. Maria II manterá uma atividade cultural regular em todo o país. Em 2025, serão apresentados diversos espetáculos em cidades e vilas portuguesas, para além de 6 projetos de participação desenvolvidos em Évora, Funchal, Lamego, Loulé, Ponta Delgada e São João da Madeira, no âmbito do programa Atos, uma iniciativa do D. Maria II e da Fundação Calouste Gulbenkian. Ainda no próximo ano, o D. Maria II promove atividades para público escolar e infantojuvenil, encontros, conversas, debates, fóruns, ações de formação e o evento de pensamento Cenários, que terá lugar em Braga, a 27 e 28 de novembro. Uma programação ambiciosa, viabilizada em parceria com mais de 30 teatros e municípios de todo o país.
No âmbito da programação desenvolvida em todo o país, o D. Maria II dá também continuidade aos projetos:
· Rede Eunice Ageas, iniciativa desenvolvida pelo Teatro Nacional D. Maria II e pelo Grupo Ageas Portugal e que se centra no alargamento da oferta teatral em geografias cada vez mais abrangentes. Em 2025, a Rede Eunice Ageas levará o espetáculo Quis saber quem sou, de Pedro Penim, a 7 concelhos do país (Águeda, Covilhã, Faro, Guimarães, Penafiel, Vila Real e Viseu), com sessões para público em geral e sessões para escolas.
· Próxima Cena, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II e da Fundação ”la Caixa”, em colaboração com o BPI, focada na promoção do acesso à cultura e no desenvolvimento e valorização de públicos, com especial foco nos territórios de baixa densidade populacional. No âmbito deste projeto, em 2025, Auto das Anfitriãs, de Inês Vaz e Pedro Baptista, circulará por 12 concelhos de norte a sul do país: Beja, Celorico da Beira, Fafe, Gouveia, Lagoa, Miranda do Corvo, Mirandela, Paredes de Coura, Pombal, Santarém, Sines e Vale de Cambra.
· PANOS – palcos novos palavras novas, um projeto onde se lê, faz e apresenta teatro de e para jovens, dos 12 aos 19 anos, abrangendo mais de 50 grupos de teatro escolar e juvenil do país. O PANOS tem a sua materialização final do Festival PANOS que, no próximo ano, decorrerá no Convento São Francisco, em Coimbra. Uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II e da Fundação ”la Caixa”, em colaboração com o BPI.
- Boca Aberta, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II e da Fundação ”la Caixa”, em colaboração com o BPI. Um projeto dedicado a crianças a partir dos 3 anos e aos profissionais que trabalham com esta faixa etária, o Boca Aberta integra espetáculos, encontros dirigidos a agentes da cultura e da educação e ainda um plano formativo, dirigido a profissionais do ensino. Em 2025, estruturas artísticas de Lagos, Ourém e Ponte de Lima são convocadas a participar na criação de dois novos espetáculos que serão apresentados em todos os concelhos parceiros do projeto: Cabe mais um? e Não se pode! Não se pode!, ambos com encenação de Catarina Requeijo e textos de Inês Fonseca Santos e Maria João Cruz.
Em 2025, em parceria com a NTT Data, o D. Maria II lança também dois projetos inéditos, que aliam a criação artística e a tecnologia: Cosmic Sans, uma obra original do cineasta Jorge Jácome, apresentada em formato digital e que combinará elementos das artes performativas e das media arts. Esta criação de carácter multidisciplinar será lançada em setembro, no formato de instalação, no Teatro Variedades. Ainda no âmbito desta parceria, será estreada, em dezembro, uma criação de âmbito teatral e tecnológico, em local a anunciar. Este projeto contará com direção artística de uma/um artista a anunciar que, durante seis meses, trabalhará em estreita colaboração com equipas transdisciplinares, criando uma sinergia ao mesmo tempo criativa e tecnológica, que permita a expansão do espetáculo ao vivo para territórios ainda por explorar.
Fonte: Nota de Imprensa / Teatro Nacional D. Maria II
Fotos: Filipe Ferreira